O que é Quiet Quitting?

quiet quitting

Segundo a OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo, ou seja, os índices relacionados à saúde mental no país são extremamente preocupantes. Durante o setembro amarelo é impossível que o assunto não ganhe força e nesse meio tempo, um termo específico sobre saúde mental repercutiu muito nas redes sociais, o Quiet Quitting, que é apontado como um movimento que defende fazer apenas o necessário no trabalho, sem exceder horários, atividades e etc. Vamos entender o que é o Quiet Quitting, como evitá-lo e construir um ambiente de trabalho mais saudável?

O que significa Quiet Quitting?

Em tradução literal, quiet quitting significa algo como saída silenciosa ou desistência silenciosa, mas aplicando ao contexto, seria mais algo como “demissão silenciosa”. 

Então enfim, o que é o quiet quitting?

A tradução literal pode parecer enganadora, uma vez que pode dar a entender que é algo como abandonar o emprego ou fazer planos para fazer isso “silenciosamente”, mas na verdade, o Quiet Quitting fala sobre limitar suas demandas de trabalho apenas àquilo que está oficialmente definido no seu escopo de demandas. Ou seja, não assumir nenhuma outra tarefa que não seja estabelecida pela sua posição atual e fazer o mínimo que puder para concluir o trabalho.

Embora não seja o objetivo principal, o movimento dá voz àqueles que estão insatisfeitos com a maneira com que seus contratantes os tratam, por exemplo, forçando funcionários a voltar ao trabalho presencial quando o trabalho remoto era aceitável e produtivo e não pagam por trabalho extra. 

Mas, o objetivo real do movimento é evitar o burnout (e todos os outros problemas de saúde mental que podem se agregar a ele) ao trabalhar mais horas do que o combinado e fazer mais do que você foi contratado pra fazer (sem ganhar nenhum adicional por isso).

Saúde mental no ambiente de trabalho

De acordo com a OMS, ser considerado mentalmente saudável não é apenas a ausência de doenças mentais. É um estado de bem-estar em que a pessoa é capaz de se recuperar do estresse rotineiro, ser produtivo utilizando suas habilidades e contribuir para sua comunidade.

Logo, esse bem-estar no ambiente de trabalho se torna crucial, já que passamos mais tempo dos nossos dias no trabalho (ou trabalhando, para quem está no home office). Um ambiente organizacional saudável é aquele onde desde o onboarding o funcionário se identifica com a cultura da empresa e consegue, a partir dali, construir uma relação de confiança e colaboração com seus colegas de equipe (ou de empresa, numa visão geral).

Burnout e doenças relacionadas

A síndrome de burnout é identificada em pessoas com exaustão emocional, causada pelo excesso de trabalho. Segundo a OMS, o burnout “é uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito”, se caracterizando por três elementos: 

  1. Despersonalização ou cinismo: desenvolvimento de sentimentos negativos em relação às pessoas do ambiente profissional, inclusive endurecimento afetivo;
  2. Esgotamento emocional ou exaustão: incapacidade de produzir mais diante do cansaço físico e emocional extremo;
  3. Baixa realização pessoal ou ineficácia: perda de confiança nas suas próprias realizações.

A Síndrome de Burnout envolve também nervosismo, sofrimentos psicológicos e problemas físicos, como dor de barriga, cansaço excessivo e tonturas.

O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando constantes, podem indicar o início da doença. Abaixo listamos alguns dos outros diversos sintomas que a Síndrome de Burnout pode causar:  

  • Cansaço excessivo, físico e mental.
  • Dor de cabeça frequente.
  • Alterações no apetite.
  • Insônia.
  • Dificuldades de concentração.
  • Sentimentos de fracasso e insegurança.
  • Negatividade constante.
  • Sentimentos de derrota e desesperança.
  • Sentimentos de incompetência.
  • Alterações repentinas de humor.
  • Isolamento.
  • Fadiga.
  • Pressão alta.
  • Dores musculares.
  • Problemas gastrointestinais.
  • Alteração nos batimentos cardíacos.

Normalmente esses sintomas surgem de forma leve, mas pioram ao longo dos dias, fazendo com que muitas pessoas acreditem que é uma virose, ou um “nervoso” passageiro.

Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é indispensável buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal, por menor que seja. Afinal de contas, pode ser algo passageiro, mas também pode ser o início da Síndrome de Burnout.

A síndrome, quando não é tratada, pode evoluir para casos de depressão, transtornos de ansiedade e até doenças físicas. 

Boas práticas para lidar com o quiet quitting no ambiente de trabalho

Em linhas gerais, podemos dizer que os quiet quitters são funcionários desengajados, logo, é preciso reconstruir o engajamento deles, que na correria do dia a dia pode ter diminuído, levando-o a trabalhar estritamente dentro dos limites da descrição da sua função.

Pensando nisso, aqui estão alguns caminhos para retomar o engajamento desses funcionários:

1 – Identificar e recuperar: Segundo levantamento da Gallup, cerca de 55% dos profissionais nascidos após 1989 estão desanimados com seu trabalho e praticando o quiet quitting, embora qualquer funcionário possa acabar desencadeando esse comportamento, é preciso ficar de olho nos colaboradores mais jovens. Em muitos casos uma conversa aberta com a pessoa certa pode se tornar a solução, antes mesmo de existir um problema. Além disso, é sempre importante repensar as políticas de pagamento, benefícios, oportunidades de desenvolvimento ou até ouvir do próprio time algum outro benefício que por acaso eles sentem falta.

2 – Alinhar (frequentemente) as expectativas com o time: um bom gestor não pode aceitar que os funcionários pratiquem o quiet quitting sem procurar o denominador comum capaz de agradar a todos eles. Para isso, é preciso que as expectativas com o time estejam sempre alinhadas e de maneira frequente. Um bom exemplo de ação para alinhar expectativas de desempenho são as reuniões one on one. 

3 – Reveja o modelo de gestão: Em um mundo híbrido, as pessoas começam a sentir a sensação de cansaço e frustração causada pelo fim da pandemia. Como tal, vale a pena considerar novas estratégias para conectar seus funcionários de forma proativa, especialmente entre funções e localizações. As pessoas estão reavaliando suas prioridades e os funcionários de hoje exigem mais oportunidades para aprender, crescer e prosperar em seu trabalho. Os funcionários tendem a ser mais felizes quando compartilham experiências gratificantes com seus colegas. Por isso, aproximar as pessoas para que possam contribuir umas com as outras é fundamental.  

O que sua empresa está fazendo para construir um ambiente de trabalho saudável?

Talvez o grande desafio das empresas não seja só criar iniciativas para melhorar a qualidade de vida no trabalho dos funcionários e gerar um ambiente mais saudável, mas, manter essas iniciativas ao longo do tempo. Então, aqui vão algumas dicas para ajudar na manutenção desse ambiente saudável que já foi construído:

1 – Qualifique as lideranças;

2 – Estimule as boas relações profissionais;

3 – Priorize a comunicação;

4 – Estimule a diversidade;

5 – Revise a política de benefícios;

6 – Adote uma cultura de feedbacks;

7 – Incentive o cuidado com a saúde (física e mental);

8 – Reconheça o bom trabalho.

Proporcionar a melhor experiência possível para os funcionários é uma das principais engrenagens do engajamento e como já vimos por aqui anteriormente, funcionários engajados são mais produtivos e logo, refletem diretamente nos ganhos financeiros da empresa.

Ferramentas de comunicação que auxiliam no processo

A comunicação é a parte principal de todo o processo: seja de promoção da saúde física e mental dentro da empresa, como a de restabelecer o engajamento dos funcionários ou até evitar um quiet quitting que já esteja acontecendo.

Ouvir o que o colaborador tem a falar seja sobre o cargo, suas atribuições, seus gestores ou até da sua vida pessoal pode ser a virada de chave de todo o processo. 

Estamos falando sobre valorização dos sentimentos dos funcionários. Quando estamos felizes, somos mais produtivos e isso é indiscutível. Seria legal se existisse uma ferramenta para acompanhar como os funcionários se sentem e assim conseguir manter os índices de engajamento altos? A resposta é sim e melhor ainda: essa ferramenta já existe. Dá uma passadinha para conferir nossas novas funcionalidades e ver sobre a ferramenta de Pesquisa de Sentimentos.

Ah, se mesmo com esse tipo de ferramenta você nota que alguns funcionários ainda têm dificuldade de se expressar, por que não pensar num PDI focado em comunicação interna? Além de ajudar no crescimento pessoal, o PDI também aumenta o engajamento e aí já são 2 problemas resolvidos com uma única ação.

Conheça essa e outras funcionalidades

Transformar a vida das pessoas acreditando no poder da tecnologia sempre foi e sempre será o nosso propósito. Agora, além das funcionalidades relacionadas a gestão de controle de ponto e jornada que você já conhece, a TiqueTaque foi além para ajudar ainda mais na rotina do Departamento Pessoal e Recursos Humanos das pequenas e médias empresas. Quer saber mais? É simples, basta acessar o nosso site e criar uma conta grátis.

Novas Funcionalidades:

Assinatura eletrônica: Permita que seus funcionários assinem eletronicamente os espelhos de ponto, tendo mais agilidade a cada fechamento de período.

Composição de salário: permite que os funcionários acompanhem a construção dos seus salários, de acordo com os dias trabalhados. 

Gestão de férias: gerencie as férias dos seus funcionários, permitindo que eles possam solicitar as datas para posterior aprovação. (Funcionalidade ainda em fase beta) 

Gerencie os aniversários dos seus funcionários e mostre o quanto eles são importantes para a empresa. (Também ainda em fase beta).

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