A importância da cultura de diversidade e ética para Startup

Entenda como a diversidade e a ética devem fazer parte de Startups

Empresas que estimulam uma cultura ética e incentivam a diversidade, costumam obter melhores resultados e passam maior confiança para investidores, fornecedores e outros stakeholders. Sendo assim, quando falamos sobre Startup, esse assunto se torna essencial.

O termo “startup” não tem uma definição exata, mas de modo geral, são chamadas assim as empresas que utilizam a tecnologia para apresentar soluções inovadoras – seja qual seja o problema.

Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), de 2015 para 2019 houve um crescimento de 207% o número de startups no Brasil. E, uma das principais estratégias para se diferenciar em um mercado rápido e dinâmico tem sido apresentar um código de ética sólido. 

Nesse sentido, um dos principais temas para abordar em um código de ética é como promover a diversidade e inclusão na startup. Afinal, um ambiente heterogêneo e ético se torna mais favorável para encontrar a melhor forma de se alcançar objetivos em comum, quando combinamos gestão de pessoas e a transparência entre os processos. 

Assim, nesse artigo você vai encontrar:

Vantagens da cultura ética em Startup

Cada vez mais, a inovação vem tomando conta de diversas áreas, tanto pessoais, quanto profissionais. E é nesse cenário que surgiram as startups, com a proposta de reinventar o mercado, desde a definição da cultura organizacional até novos modelos de investimento.

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Nesse sentido, startups atuam com a política “hands-on”, que consiste em visualizar rapidamente os resultados do seu trabalho, o que reflete diretamente também na velocidade do mercado de investimentos do negócio. 

Sendo assim, ter um código de ética bem definido passa maior segurança à todos os envolvidos com a empresa, inclusive investidores, o que pode reduzir o processo de decisão durante o processo de captação.

Entre os tópicos abordados em um código de ética, um dos que se destaca é a política de diversidade e inclusão adotada pela startup. Isso acontece porque entender que existem diferentes realidades entre as pessoas é fundamental para o desenvolvimento saudável de uma empresa, além de contribuir para a atração e retenção de talentos.

A importância da diversidade e inclusão

A preocupação com a diversidade nas empresas não é de hoje. Desde 1991, a Lei 8.213/1991 determina que empresas com mais de 100 funcionários ocupem, no mínimo, 2% das suas vagas com profissionais com deficiência ou reabilitados. Por outro lado, a inclusão não deve se limitar à isso, além da necessidade de abranger também outros aspectos sociais, como por exemplo:

  • Etnia;
  • Gênero;
  • Orientação sexual;
  • Idade;
  • Nacionalidade.

Além de ser positivo para o ecossistema do mercado, ter um quadro de funcionários heterogêneo e inclusivo também impacta na lucratividade das empresas. 

De acordo com um estudo da Mckinsey & Company, dados demonstram que empresas que valorizam a cultura da inclusão de gênero tem 21% mais chances de ter lucratividade acima da média. Do mesmo modo acontece com a diversidade étnica, que torna a empresa 33% mais suscetível à boa rentabilidade.

O assunto é tão relevante que recentemente a Associação Brasileira de Startups criou o Comitê de Diversidade, que irá visar analisar as taxas de inclusão nas startups brasileiras e promover debates e reflexões sobre o tema.  

Sendo assim, grandes eventos de inovação em gestão de pessoas como RH Summit vem trazendo conteúdos que abordam a importância da inclusão nas empresas, ajudando a incentivar essa cultura no mercado atual.

Como incentivar a ética e inclusão em sua startup

Apesar de não haver uma receita pronta para trabalhar a inclusão na empresa, existem algumas práticas recomendadas e amplamente utilizadas por empresas que se destacam nesse sentido. 

Em primeiro lugar, é importante realizar uma análise do quadro atual de funcionários, para que seja possível fazer uma projeção futura e ideal das equipes. 

Além disso, durante a fase de análise do quadro é importante fazer um levantamento da existência de colaboradores que já se encaixam em grupos de minoria utilizando tecnologias como o People Analytics, e então mapear de que forma a empresa está incentivando o seu desenvolvimento profissional. 

É importante ressaltar que investir em capital humano é essencial para que a diversidade seja também inclusiva. 

Afinal, para que haja a inclusão, a empresa deve não apenas fazer a contratação de profissionais que fazem parte de minorias, mas também viabilizar que essas pessoas possam trabalhar da melhor forma possível, a partir de uma cultura organizacional acessível

Nesse sentido, é muito importante que as startups invistam na construção de uma cultura organizacional forte. Dessa maneira, a empresa promove boas práticas não apenas entre empresa e funcionários, mas também entre as próprias equipes. Quando bem estruturada e difundida, a cultura organizacional ajuda a manter os profissionais alinhados, tanto em relação ao workflow, quanto às boas práticas de convivência. 

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É importante lembrar que, para trabalhar a diversidade, é necessário saber lidar com as diferenças, incentivar o diálogo e o respeito, e assim aproveitar ao máximo o potencial dos seus colaboradores. 

Sendo assim, uma das principais formas de se instituir a diversidade é adicionar diretrizes de inclusão no código de ética da startup. Confira como funciona a seguir. 

O que é Código de ética?

Código de ética é um documento que estabelece diretrizes de conduta da corporação, desde a missão da empresa até políticas anticorrupção que são utilizadas. Sendo assim, o código de ética caminha lado a lado com a cultura organizacional da startup, e assim baliza as relações com stakeholders em geral. 

Mas não há um modelo pronto de código de ética, que pode ser utilizado por todas as empresas. Afinal, cada empresa é única e deve construir a proposta a partir dos seus próprios valores, crenças e objetivos. 

Por outro lado, além de definir diretrizes para a adoção da diversidade, existem alguns tópicos que podem ser utilizados como base para esse documento. Uma pesquisa inédita sobre Cultura ética realizada pela Virtuous Company utilizou os 5 critérios positivos para avaliar startups da área de tecnologia:

  • Confiança organizacional;
  • Liderança ética;
  • Orientação para o bem comum;
  • Empatia;
  • Incentivo ao diálogo interno.

Já com relação aos aspectos negativos foram levados em consideração 5 tópicos opostos. Eles consistem em injustiça organizacional, liderança abusiva, orientação individualista, falta de consciência coletiva e medo de retaliação. 

Essa pesquisa analisou cerca de 268 startups brasileiras através de mais de 376 mil avaliações do GlassDoor, e ocorreu entre os anos de 2015 e 2019.

Para que as avaliações fossem realizadas, foram definidas 5.370 palavras e expressões que se relacionam com cada aspecto que mencionamos anteriormente. Assim, foi possível categorizar os depoimentos e criar filtros para a estimativa do estudo. 

A teoria é boa, mas a prática é essencial

Ainda hoje é possível encontrar empresas que possuem um discurso ético e inclusivo, mas não transmitem isso para a suas práticas internas. 

Apesar de 87% das empresas se dizerem à favor da diversidade, uma pesquisa do Linkedin mostra que, ainda hoje, as mulheres são 20% a menos propensas a se candidatar à uma vaga. Dessa forma, é possível concluir que nem sempre as empresas oferecem segurança ou até as mesmas oportunidades para possíveis profissionais capacitadas.

O gerente da startup Involves, primeira colocada no Ranking da pesquisa sobre Cultura ética da Virtuous Company, afirma que a prática dos valores da empresa na rotina organizacional é fundamental para o desenvolvimento de uma cultura de empatia e inclusão

Em outras palavras, é muito importante a definição de políticas inclusivas e um código de ética sólido, mas de nada adianta esse documento se ele não é refletido realmente na cultura organizacional da startup. 

Qual a política de ética e inclusão da sua empresa? Conta aqui pra gente!


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