Gastos com horas extras são sempre um fator determinante no lucro mensal de um negócio. Por isso, implementar uma gestão eficaz de pessoal e prestar atenção especial para aproveitar melhor as possibilidades existentes é altamente indicado. No post de hoje, você vai entender a importância do banco de horas em uma empresa, com sugestões de soluções simples para implementá-lo, além de saber o porquê da necessidade de um controle preciso do ponto do seu funcionário.
O banco de horas
O banco de horas é fruto de uma previsão da lei trabalhista (por intermédio de legislação complementar que modificou a CLT em 1998) que admite a compensação de horas por parte do empregado, possibilitando a flexibilização da sua jornada de trabalho.
Assim, é criada uma espécie de sistema (o banco) em que são registradas as horas a mais trabalhadas – que não devem ser confundidas com horas extras – que são tomadas como um saldo, podendo ser descontadas e utilizadas como folga, antecipação do fim do expediente ou mesmo como prolongamento de férias.
A importância do banco de horas
O banco de horas foi implantado em um momento em que o Brasil, assim como nos dias atuais, passava por uma enorme crise. Sua criação permitiu a flexibilização dos expedientes, a fim de combater as demissões em massa e amenizar o impacto das despesas na rotina do empregador, permitindo que ele administrasse melhor a rotina de seus colaboradores e aproveitasse mais o trabalho de cada um deles nos momentos de pico e desaceleração, adequando-se às necessidades de seu negócio.
O banco de horas é extremamente importante por ser uma ferramenta que facilita a gestão da corporação por parte do patrão, permitindo ao empregado a valorização de sua força de trabalho e, ao empreendedor, que tenha menos onerosidade nas folhas de pagamento no final do mês.
Requisitos para sua implantação
A lei determina que, para o banco de horas poder funcionar, é necessário haver real necessidade do empregador. Além disso, é preciso que o sistema seja ratificado por convenção coletiva ou acordo, com a participação do sindicato da respectiva categoria. É também possível que esse acordo seja individual – o que, todavia, não é aconselhável, uma vez que acordos individuais acabam causando problemas jurídicos frequentemente.
O banco não poderá jamais ultrapassar os limites definidos na CLT para a duração da jornada de trabalho (44 horas semanais). O período para compensação é de, no máximo, um ano a contar da data trabalhada. Quando a hora não é utilizada, o seu valor deve ser pago ao colaborador.
Como controlar o ponto de seus colaboradores
Contabilizar as horas a serem compensadas é um desafio para qualquer gestor. Apenas realizando o controle preciso do ponto, o banco funcionará de maneira correta e eficaz, evitando problemas com a lei. O caminho mais simples e indicado é sistematizar, de forma transparente (para patrão e colaborador), as informações que devem ser guardadas durante todo o processo.
O registro do ponto de forma eletrônica é a maneira mais simples e segura de otimizar o tempo gasto com essa tarefa, fiscalizando a jornada de trabalho e integrando eventos como faltas e atrasos, com total controle de suas atividades.
Agora que você entendeu a importância do banco de horas em uma empresa, que tal aprender sobre como funciona a rescisão de contrato de um empregado?